terça-feira, 9 de agosto de 2011

Amante

Hoje acordei nesse quase êxtase, com saudade deste quase afeto. Descompensada emocionalmente, descompassada ao meu próprio ritmo. Estou leve, lenta e quente. Suavidade está saindo pelos poros: delicadeza. Estou numa dança lenta, meu corpo inventando uma melodia dessa mistura de sensações. Essa bagunça toda entre querer e não. Suave e lenta, não me privando de nenhuma dessas sensações. Entorpecida dessa alegria que é quase um novo sentido em meu corpo, sem me privar de nenhum dos seus efeitos, nem mesmo os impertinentes colaterais. Esse medo, agora já é bom. Medo de ser descoberta em minha traição. A traição de meu corpo a qualquer razão pregada pela minha cabeça. Traio a minha racionalidade vivendo o contrário a ela, o que julga lixo de todas minhas emoções.