terça-feira, 29 de junho de 2010

Há tempos busco palavras para decrevê-los. E tanto que tento, tanto que busco, tanto que falo... Saem vazias por não suportarem o peso do carinho que levo. Descubro, então: ainda não inventaram palavras para o que sinto. E na ausência delas, aqui deixo meu abraço, AMIGOS!

domingo, 27 de junho de 2010

Passar o tempo
As vozes, a pena...
Esvaziar-se
Livrar-se
Leve, muito leve...
Passar a dor
Ausência, medo
Vai-se terror, temor
Leve, muito leve
A verdade já não aprisiona
A mentira já não assusta
O sentimento o que liberta
Leve, muito leve...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A luz que há em ti e sigo, faz festa em mim. Menino, tua música faz passos nos meus ouvidos. E eu que sou notas, te sinto! E sigo!
E teu sussurro que faz vento aqui dentro, leva-me contigo. E vou! Leve, leve...
Dança comigo?

segunda-feira, 21 de junho de 2010

No cotidiano, passando por essas ladeiras, a poesia faz ausência nos seus dias. E hoje, esse sol, parece não combinar com a frieza do seu dia. Repara rostos. Estão envoltos cada um no seu eu, no seu íntimo. Estão distantes do muro de pedras que construiu para proteger-se. Do quê? Não sabe! Mas as agulhas desses dias frios...
O céu esqueceu-se de fechar-se com ela. Uma afronta essas nuvens não aparecerem para cobrir o seu dia. O sol? Petulante! Não respeita o decreto de que hoje não é um dia feliz. Não respeitaram que não queria estar nas colinas. Não! Não é aconchegante! Queria o afago das montanhas. Queria estar entre elas.
Vai ela descompassada a este ritmo acelerado de quem está sempre buscando. Não combina com sua calmaria. Tampouco com a tristeza desses dias tão frios... Aflita por não saber exatamente o caminho e pela dúvida de onde ir. O tempo (esse hiperativo desforado!) recusa-se a esperar decisão.
O concreto do mundo é avesso a sua mente surreal.
Onde estaria ela mesmo?

domingo, 20 de junho de 2010

Conflito

A criança que há em mim às vezes desperta
faz bagunça, roda, volta, se joga...
E se cansa da mulher que sou
a mulher que é
E se zanga!
(Se a mulher soubesse a beleza que há na menina!
Se a menina curasse a dor da mulher!)
E depois que tudo muda, adormece...
Deixando os cacos, o pó, a roupa bagunçada.
E eu que sou mulher, que sou menina,
que não sei,
Colo os cacos,
Mas - estranho!-
noto um fundo de riso no meu silêncio...

sábado, 19 de junho de 2010

Não sei quem inventou essa idéia de dar nome às coisas. Simplesmente não consigo! Não concebo essa limitação do que é definido. Não sei restringir! O objetivo definitivamente não pertence ao meu mundo. Meu mundo não está sujeito a definições!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Fiquei com medo de que teus olhos pudessem roubar meu momento. E quase me esqueci que estava presa no labirinto que há em ti. Enquanto estava em dança e encanto, perdida (por querer e gostar de querer!) nem percebia que aquele moleque que controla o tempo resolveu fazer piada comigo. Os anos passaram-se como segundos. O tempo que passei em você, menino!
Agora livre, sonho contigo. E entendo: o que retinha não era o labirinto. Tampouco a saudade. Era lembrança. É aquela flor que cresceu junto com a menina e agora faz parte dela. É o cheiro da flor que a remete aos seus dias mais suaves. Então compreendo: a brisa que me leva não permite parada. Só passagem. Para depois me trazer a manhã e lembrar os sentidos que é hora de seguir. Recordações são os campos de flores que atravesso na caminho e sussurram: é tempo de continuar!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A menina ruiva
que era sonhos
que era festa
que era dança
que é momento
que é lembrança...

O vestido
A escada
Os brinquedos
O sol
A tarde
a lembrança...

O tempo
O passo
O abraço
O vento
Traz lembrança
Aaaah! Lembrança...

terça-feira, 15 de junho de 2010

E na ânsia de viver
ela atropelou o mundo
foi a lua, deu volta ao sol
e esqueceu-se do seu infinito.
Que pena! Nada seria tão belo...
Porque no balé que há em mim cabem todas as sinfonias...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

E pensou sobre o quadro negro
se seriam negros os seus segredos
assim como os pensamentos da menina...
Percebeu então que as borboletas eram parte dela: uma porção ínfima da liberdade que o mundo lhe roubou dos sonhos...
A poesia adormecida desperta quando a simplicidade toca-me. E daquele longo sonho acordo. A sensibilidade presente quando o real faz-se ausência. O abstrato é tão concreto que quase chego a tocá-lo. A fantasia é o mundo no qual vivo absorta!