terça-feira, 29 de novembro de 2011

Em Terapia

-Tentando deixar todo mundo feliz... Difícil, não é? Porque sim, cada um tem uma opinião diferente. Logo, é impossível agradar todo mundo. E você? Como você fica nessa história?
-Eu? Eu fico em desagrado... em desagrado...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Poluição

Dizem por aí que, quando se está aflito demais, é quando saem os melhores textos. Para mim não funciona. As vezes o barulho é tanto que silencia qualquer escrita.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sobre Defeitos

Tinha tanta coisa pra dizer que nada consigo concretizar em pensamento. É quase uma cadência toda essa prosa inventada dentro de mim. Brigo e respondo. Grito!

Uma vez ou outra acabo distribuindo pra alguém, o que aparecer na hora, algum dos meus sufocos internos (e eles nunca saem bonitos!). Magoo com um veneno de impaciência e desespero. Faço isso com frequência. Quando canso de me ferir, divido com o outro, e firo também. E não! Não pense que é por crueldade! É como que inconsciente. Como se o jarro transbordasse que pudesse tampa-lo.

Ser humana está me custando um esforço sobre-humano. Hoje, em especial, está quase além das minhas habilidades. E, o pouco que consigo, é sobre dura pena.

domingo, 11 de setembro de 2011

Almoço de Aniversário

Comemos presença
E a sesta foi carinho.
Assistimos afeto.
Dormimos amor.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Amante

Hoje acordei nesse quase êxtase, com saudade deste quase afeto. Descompensada emocionalmente, descompassada ao meu próprio ritmo. Estou leve, lenta e quente. Suavidade está saindo pelos poros: delicadeza. Estou numa dança lenta, meu corpo inventando uma melodia dessa mistura de sensações. Essa bagunça toda entre querer e não. Suave e lenta, não me privando de nenhuma dessas sensações. Entorpecida dessa alegria que é quase um novo sentido em meu corpo, sem me privar de nenhum dos seus efeitos, nem mesmo os impertinentes colaterais. Esse medo, agora já é bom. Medo de ser descoberta em minha traição. A traição de meu corpo a qualquer razão pregada pela minha cabeça. Traio a minha racionalidade vivendo o contrário a ela, o que julga lixo de todas minhas emoções.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Como desatar nós na garganta

Pegue um lápis, papel e comece a escrever. Enquanto as palavras vão se formando, o nó vai desatando.
(Funciona com frequência!)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Enxaqueca

E ainda que depois de um longo tempo estivesse novamente com lápis, papel na mão e um pouco de tranquilidade, não lhe vinham pensamentos para transcrevê-los. Neste dia não poderia escrever, pois seus braços eram espera e pensamentos, saudade.
(Você, de repente, engordou demais e ocupou todo o espaço do meu pensamento!)
Mas por hoje...

sábado, 21 de maio de 2011

Uma definição angustiada

Angústia é uma quantidade de ar exagerada que consumo que se diverte em comprimir todos os meus tecidos. E, para que eu não perceba, coloca a culpa em situações.
Pobrezinho do meu cérebro, de inocente que é, acredita.
Sigo eu me apertando!

domingo, 15 de maio de 2011

Vício

O café para ligar
O cigarro para desligar
O dinheiro para o poder
O psiquiatra para esquecer
O conhecimento que busco
É o que me consome.
A razão que anseio
Me emburrece de sentimentos.
Um dia para curar
Outro dia.
O tempo para todo o resto.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Quando me estranho

Não que eu esteja com ciúmes

É que, de repente, meu coração foi diminuindo

A medida que meus pulmões tomaram formato de agulhas.

É que, entre tantas outras coisas, eu não tenho esse direito.

Nos dei essa liberdade.

Sim, eu estou com saudades!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sobre o movimento, a água e as entrelinhas

Não é escrever poesia, é ver poesia, sentir poesia. O muito que perdemos nossa sensibilidade aos movimentos quase imperceptíveis das coisas, de todas as minucias presentes no mundo. A nossa busca nos impede de perceber quão vagarosamente vão compondo essas danças naturais ao nosso redor.

O movimento é algo realmente encantador. Repare com que complexa simplicidade cai vagarosamente cada gota de nosso copo d’ água. As pessoas não deveriam se entorpecer para reparar a singeleza de cada traço universal. É fascinante o deslize do ar levando as folhas e flores e poeira do caminho. Do mesmo modo é fabuloso a dança da água contornando as pedras, ao mesmo tempo em que avassaladora, quase a pedir licença para traçar seu caminho. (Vezes de fúria deve ser dias de confusão desse casamento tão duradouro – água e pedra!- todo casal tem seus desentendimentos).

Tenho prestado um pouco mais de atenção a toda beleza que meu cotidiano me impedia de ver. Incrível que, mesmo meu trabalho sendo a vida, fazia muito tempo que não a reparava, que não analisava sem todo aquele aparato técnico. Incrível como o conhecimento no mesmo instante em que nos abre para tantas coisas, nos cega para tantas outras. Ficamos céticos e técnicos demais e perdermos a magia existente ao redor.

Queria compartilhar a maneira como agora vejo (no sentido de ver mesmo – com olhos!- e não no sentido figurado) as coisas por aí. Fiquei a eternidade de vários minutos observando o bater das asas de um passarinho (aquela forma descompromissada de seus movimentos; e tão elegantes) . Este ócio mercecido foi de uma leveza tão feliz...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Teoria Romântica

Não precisa ser eterno. Precisa ser bom!
Estava pensando em uma definição para o romantismo. Uma definição que não envolvesse essa obrigatoriedade do longo, do contínuo. Essa necessidade de continuar gera expectativas e, na maioria das vezes, é ela a responsável pelo fim. É a expectativa que decepciona. Engraçado que temos uma mania estranha de tendar moldar as outras pessoas e situações sempre ao modo que nos convém. Esquecemos que também merecem a mesma liberdade que queremos a nós mesmos.
Ser romântico é ser intenso, é doar-se, não importanto se por uma noite, um dia ou uma vida inteira. E também não é necessariamente com alguém, mas algo. Pode-se ser romântico com a vida, permitindo-se suas delícias.
Ser intenso nas relações, nas atitudes... Se houver vontade de continuar, é essa que vai vindo sem a intenção, mas do carinho que é necessário ao novo e novamente. Se não houver, é porque o exctase do momento bastou-se por si só. Isso não vai fazê-lo pior. Se foi bom, basta!
Quando não estiver mais fazendo feliz, é hora de parar. E daí surgirá algo que completará de novo.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O que não percebo

Descobri que a chance das coisas acontecerem são inversamente proporcionais ao quanto as desejo conscientemente. Ponto para o inconsciente!
(Talvez seja por isso que eu o encontro todos os dias.)
Negue e acontecerá!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Resumo de Aula

Por que as coisas são o que são? O óbvio não foi sempre óbvio. Ele estava despercebido até que alguém o reparou pela primeira vez.
Uma aula realmente inspiradora. São tão poucas as vezes em que pensamos o porque de todas as coisas. Nos acostumamos com as coisas acontecendo e não pensamos por que elas acontecem.
O simples não foi sempre simples. Ele poderia ter sido parte de todas as outras complexidades as quais nos são alheias.
Fiquei longas horas pensando de onde surgiram as tão numerosas crenças do folclore, não apenas da sociedade como um todo, mas também do folclore pessoal (e da comunidade inteira que habita dentro de cada um). E se todas as fantasias realmente são? Tenho uma grande dificuldade em separar o que é do que não. E se parece que não, mas são? Verdades não são incontestáveis. Sendo assim, existe irreal?
O quanto subjulgamos as outras espécies e nos consideramos superiores é algo realmente intrigante e sem fundamento. O nosso conhecimento é tão limitado sobre todos os mistérios das demais espécies que não duvidaria que elas soubessem mais a nosso respeito do que ousamos saber a respeito delas.


Este texto foi escrito durante uma aula de Ecologia Florestal. Portanto, crédito seja dado ao Professor Marco Aurélio pelas palavras do primeiro parágrafo. O demais é resultado das minhas próprias dúvidas em sala de aula.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Evasão

Imaginar é a saída para quando eu me cansar de mim, ser vários outros "eus" por aí.
E bem mais divertidos!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ser alienada é só a minha rota alternativa para todo o terreno que me machuca. Bem, se também quiser fugir: Bem vindo ao meu mundo imaginário!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sobre a efemeridade

Juntos brincaremos por aí. Esquecerei minha timidez quando me esconder no teu abraço. E no instante em que me perder, deixarei de te evitar. No infinito do nosso aconchego, tudo o mais é desnecessário.
Quando for embora, lembrarei do teu carinho cada vez que algum sentimento de delícia me tocar.
Deixe-me ser amor. E só!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O que faz a fotografia

Hoje eu acordei meio assim, nostálgica.
Meus pensamentos vem como peças de um antiquário. Peças essas pertencentes a uma história que ainda não foi. Não, não foi. Ainda faço!
Mas ao me deparar com aquele abraço, com os risos, com as pessoas, pude estar novamente lá. No melhor espaço de lembranças. E aquela foto me trouxe novamente tudo o que há de bom. Estar entre amigos, entre amores, entre risos.
E a alegria é assim. É algo que tem relação com amigos, com abraços e com um certo platonismo que vem fantasiar nossos dias. Algo que tem relação, sobretudo, com um estado de leveza que resulta em catarse literária. E, assim, vai compondo minha história, vai plantando flores de músicas, de pessoas, de momentos e paixões. Meu campo de recordações.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O outro lado

O relógio marca o espaço
do teu abraço.
Assim só posso
contá-lo como:
Largo e apertado
Largo e apertado...

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Saudade

Quando falo de saudade
me refiro aquela imagem passada
que me leva em um sequestro
e tranca-me em um bau perdido
cheinho de memórias.
E por mais que eu grite
o presente não vai me resgatar.
(As vezes, eu até acho bom!)

sábado, 29 de janeiro de 2011

Cheguei com a cabeça fervilhando
E cada onda que batia na pedra
Levava um pensamento embora.
Encontrei o mar
Flutuando...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Fim

O tempo necessário para esquecer
é o mesmo gasto para compreender
que não é a raiva
tampouco o amor
nem o vestígio de carinho
que me levaria a isso.
Este tempo é o entendimento
de que nossas diferenças
nos levaram a lugares tão distantes
que tornaria impossível um reencontro.
Aqui encontrei a paz.
Espero que ele também!
Fica lembrança, não saudade.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Em que os sonhos me atrapalham

Havia um tempo
em que vivia de possibilidades.
E, enquanto sonhava com elas
com as mil formas que pudessem acontecer,
elas vinham, aconteciam a sua maneira
e eu não as via.
Hoje, abandono as possibilidades.
Vivo sensações!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Obrigada, John!

Há muito tempo que não escrevo nada. E para ser sincera, até faltava vontade. Algo muito material e objetivo tomou conta do que deveria ser minha poesia. E quando me refiro a poesia me refiro a um sentimento ao qual dou este nome que julgo o mais apropriado. Há algum tempo nada me despertava esse sentimento. E hoje, algo muito especial deve ter acontecido para acordar do sono profundo no qual estava.
A arte nos desperta para uma realidade repleta de sentimentos. O que não percebemos no cotidiano é que todas as grandes e pequenas coisas do mundo possuem um sentido abstrato que permitiriam mudanças se percebessemos suas sutilezas. Materializamos sentimentos com datas, presentes e discussões infundadas. Não vemos senão resquícios do que realmente existe. O que realmente importa não nos toca. Estamos cegos de sentimentos. Não vemos fome, não vemos dor, não vemos nossa própria miséria. Não vemos o quão miseráveis somos de carinho. E não vemos quão ridículos somos em não expressá-los.
Passamos tempo demais procurando culpados. Esquecemos e anulamos nossa condição animal materializando nossa existência e rezumindo-a a objetos. Este vazio ainda me levaria ao colapso. E, quando encontro meus amigos literários, me acordam de subto para o que me preenche. São remédios a minha loucura. Na ausência de seus escritos, enlouqueceria.
Obrigada, John!

Inquietação

E o que fazer quando a mudança cai na monotonia?
Ando precisando de um pouco mais de calmaria. De ficar parada. De um abraço um tanto mais demorado, de um dia mais lento, de um livro que me agarre... Preciso urgentemente ficar parada!
E também preciso de inspiração. A cabeça, surtada que anda. Pensamento atropelando pensamento e quanto percebo não pensei em nada.
Vamos sair por aí, tomar um vinho, sentir o vento, dançar e dançar e dançar uma música imaginária. Fazer um samba das melhores lembranças. Sambar dias, toques, desilusões. Deixar fluir todos aqueles sentimentos há tanto escondidos. Dançar invisível para esconder minha timidez. O que eu preciso é ficar parada!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Sobre o que não vêem

Pequenas coisas as quais aprecio
da delicadeza de cada detalhe
Me satisfaço.
Com o vazio de todo este lugar
colho sutilezas e planto-as no caminho.

Um Desabafo (Im)Próprio

Com frequência venho sendo questionada sobre minha inteligência a despeito de minhas escolhas políticas. Ora, tenho minha opinião formada no decorrer dos acontecimentos e mudanças que tenho visto acontecer. E minhas escolhas tem ligação com todas as questões ideológicas que estão inseridas em mim.
Não pretendo pregar aqui a favor de uma visão política ou outra porque acredito que o leitor, assim como eu, deva ter suas próprias convicções.
Fazendo minhas escolhas não posso afirmar certamente que serão as melhores, posso dizer apenas que tenho as melhores esperanças com relação a elas.
Se nossos anseios são tão divergentes é fato que tenhamos tão distintas opiniões e que estas guiem nossas decisões. E acho isso muito bom. Vai ter sempre alguém pra questinar, o que permitirá sempre novas idéias e possíveis melhorias.
O que eu quero? Quero justiça social e igualdade de condições. Utopia? Quem sabe enquanto busquemos por interesses próprios de poder. Se apenas estes interesses são nossos guias, hipocrisia achar que nossos representante zelem pelo coletivo.

Viajante

Sou andarilha nestas diferenças. Nestas andanças, muito experimento. Cada sabor típico de cada sentimento. A mistura destes muitos temperos necessários aos devaneios.
Visto roupas de fotografias dessas muitas lembranças. Como são renovadas, tenho roupa nova todos os dias. Alimento-me de sonhos para seguir viajem.