segunda-feira, 21 de junho de 2010

No cotidiano, passando por essas ladeiras, a poesia faz ausência nos seus dias. E hoje, esse sol, parece não combinar com a frieza do seu dia. Repara rostos. Estão envoltos cada um no seu eu, no seu íntimo. Estão distantes do muro de pedras que construiu para proteger-se. Do quê? Não sabe! Mas as agulhas desses dias frios...
O céu esqueceu-se de fechar-se com ela. Uma afronta essas nuvens não aparecerem para cobrir o seu dia. O sol? Petulante! Não respeita o decreto de que hoje não é um dia feliz. Não respeitaram que não queria estar nas colinas. Não! Não é aconchegante! Queria o afago das montanhas. Queria estar entre elas.
Vai ela descompassada a este ritmo acelerado de quem está sempre buscando. Não combina com sua calmaria. Tampouco com a tristeza desses dias tão frios... Aflita por não saber exatamente o caminho e pela dúvida de onde ir. O tempo (esse hiperativo desforado!) recusa-se a esperar decisão.
O concreto do mundo é avesso a sua mente surreal.
Onde estaria ela mesmo?

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